quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ouro nativo: esplendor e sepultura


Aprofundar-se no estudo de uma língua é estudar os fatos históricos e os acontecimentos que motivaram a sua origem ou a ela estão, direta ou indiretamente, relacionados.

O histórico de uma língua é remontar no passado. É introduzir-se no espaço e no tempo. É ir à busca de sua evolução. É apreciar a semântica. É estar em contato contínuo com os regionalismos.

Língua é uma linguagem singularmente usada por determinado povo pare efeito de mútua compreensão e entendimento. A língua é um derivativo da linguagem.

Linguagem é um conjunto de sinais que introduz na humanidade a iniciativa de comunicar-se e comunicar os seus pensamentos, as suas ideias e a sua própria índole.

Uma língua é realmente fecunda e boa quando possui a quantidade suficiente de sinais através dos quais os seus seguidores falam, escrevem, expressando as suas ideias com relativa facilidade. Uma língua oferece os seus sinais a quem deles necessita com proveito subjetivo, de conformidade com vários fatores de formação cultural e literária.

Literatos, filósofos, pensadores e poetas existem em relação à fecundidade da própria língua. O povo explora a língua de acordo com suas possibilidades educacionais e seu meio de aquisição.

Não há dúvida de que a língua portuguesa é rica e fecunda. Coexiste com outras também férteis, originárias do latim. A riqueza de nossa língua existe graças ao latim e a tantos outros recursos primitivos e atuais.

A língua portuguesa vive dando vida de expressão aos seus estudiosos. É um arsenal rico de recursos prontos para serem usados em lugares adequados para qualquer fim.

Infelizmente, a nossa língua não está ainda o suficiente explorada e descoberta. Devemos, pois, honrar àqueles que no passado e no presente, mortos e vivos, tiveram e têm a língua pátria como fator preponderante de unidade nacional.

A língua portuguesa encanta e apavora, amedronta e acalma, faz sorrir e fluir lágrimas, educa e falsifica, fascina e desespera, incentiva e ironiza.  Desejamos incutir o amor à língua, cultivá-la e fazê-la entendida por todos.

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Este texto é originariamente de Alpheu Tersariol, entretanto, sofreu algumas alterações livres.

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